2 de julho de 2009

O não saber.


Não sei amar, disse ela de uma vez só como quem da um rápido gole nó café quente. Ele como era de se esperar ficou estupefato com aquela declaração, tentou fingir que não ouviu, mas não funcionou. Ela tornou a repetir desta vez com mais veemência: eu não sei amar. Pretendendo agora fazer com que ele entendesse e aceitasse. Agora ele percebia o porquê de tantos eu te amos sem respostas, pensava ele ser receio de se deixar envolver, contudo agora ele entendia. Ela tentava desviar o olhar do dele e ficava mexendo nas chaves a fim de se concentrar em alguma coisa, ele por sua vez ficou de pé ensaiou ir embora, mas tornou a sentar. Ele queria fazê-la mudar de idéia queria não acreditar no que tinha acabado de ouvir, mas ela parecia pouco preocupada com isso, sua cabeça estava em outro lugar. Na verdade ela tinha outros planos, era como se ela tivesse asas, mas perto dele fosse o vácuo. Ela não podia se expandir cem por cento, ela queria o mundo, mas pra ele o mundo era grande demais pra uma pessoa só. Ele deu mais um gole no chopp, ela guardou as chaves e pediu uma água de coco, ele estranhou e ela explicou estar dirigindo, aquela conversa não fazia sentido algum, mas juntos fingiram não perceber. Agora ela ensaiava ir para casa acreditando ter conseguido por um ponto final nesse relacionamento de um ano e onze meses, ele pensava agora em como iria fazer para devolver a aliança que havia comprado para noivar com ela no próximo mês. Rapidamente ela olhou o relógio, ele percebeu e perguntou se ela tinha compromisso, ela sem mais delongas apenas balançou a cabeça negativamente. Então é assim que é o fim, perguntou ele cabisbaixo, não precisa ser o necessariamente o fim disse ela com o olhar mais perdido do que seus pensamentos.

5 comentários:

Nine disse...

Nossa!!!
muito incrível...amei o texto...
um abraçoO...

Nine disse...

olá...
bem, bem...escrevo tanto no pc, qnt em folhas de papel...
No blog, porém, eu posto uma vez, e deixo,
mas minha agenda, é cheia das minhas inquietudes, dos meus sentimentos mais profundos,
das coisas que precisam escorrer, para não me sufocar depois...
Por isso o texto no blog fala em folha... Pela angustia que às vezes é tentar escrever alguma coisa...
Big abraçoO...
AmOOOOO seu blog!!!!

Thaysa Oliveira disse...

Só pra dar enfase ao que eu já disse no msn: O TEXTO TÁ PERFEITO! =*

Luíze Tavares disse...

Crônicas da realidade. Esse é um dos cânceres que assolam a atual geração: não saber amar.

Adorei o texto, Ray!

Bjbjbjbjbjbjbj

Natália Suelen disse...

Caralhooo, tu escreve muito pow.
Viciei aqui agora, é bom que me inspira :D
Beijos futura presidente da academia brasileira de letras.
haushuahsuahushas