4 de setembro de 2008

Felici... o quê ?

Oi, eu sou Rayza ou rosa como preferir =D
Ele é o blasé, mas ele é tão blasé q nem pra postar no blog ta servindo.
Ia escrever hoje o texto q fiz pra ele, mas percebi q dava pra melhorar por isso fica pra próxima.

Hoje eu quero falar de felicidade, e a primeira coisa q se pensa quando se ler isso é:
E a tristeza ? Ninguém vai falar dela?

Mas é obvio q falaremos da tristeza, como poderíamos falar da felicidade sem tocar na tristeza? Seria como fazer um bolo e esquecer-se do fermento.

a felicidade e a tristeza andam juntas e de mãos dadas, nunca se é feliz por inteiro, quando se tem o cabelo bom é gordo, quando é magro o nariz é grande, quando se tem uma moto queremos um carro, se temos roupa nova, não temos pra onde sair, se temos pra onde sair não temos dinheiro pra fazer a unha e os cabelos. E assim vamos vivendo ou sobrevivendo, como preferir, simplesmente insatisfeitos com tudo, mas há quem diga q ser feliz não é ter coisas, a quem diga q a felicidade é fácil de encontrar, alguns dizem q ela esta nas pequenas coisas da vida, um dia desses fui procurar felicidade num potinho de danoninho, depois de comer só encontrei a culpa por quebrar o regime e nada de felicidade, desse dia em diante comecei a duvidar das tais pequenas coisas. Uma coisa q eu tenho certeza é q a felicidade não é algo sólido, ela é como uma brisa refrescante depois de andar da Dantas Barreto ate a Boa Vista num sol de meio dia, é rápida e satisfatória, mas não dura mais q 2 minutos.

Agora umas fotos minhas, de pessoas q sentiram a tal brisa.






e pra finalizar um pedaço de um texto de Martha Medeiros.

[...]

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

Martha Medeiros

3 de setembro de 2008

A IMPONTUALIDADE DO AMOR


Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros.

Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.

O amor está em todos os lugares, você que não procura direito. A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.