Vem descendo a ladeira
A mulata de largas ancas
Boca carnuda e lata de água na cabeça
Equilibra a lata no desequilíbrio que e a sua vida
Em casa apanha em troca do almoço
Se deixa possuir em troca de onde dormir
A noite sua angústia transparece através da retina
Sustenta os três filhos deitando em camas que não são suas.
O seu lazer e incompreensível
Viu o marido morrer assassinado na cama da terezinha,
Pelo marido da mesma, q atualmente esta foragido.
Desde então as crianças vão pra escola atrás da merenda, e pro sinal atrás do pão
O número de camas a deitar aumentou
A necessidade por dinheiro nasceu para as crianças
Ela deita, rola, ganha
E o mais novo pede, rouba, apanha
Sem perspectiva a vida segue
De segunda a sexta ela gosta mesmo é de sofrer.
Cerveja no domingo, a alma é quem pede.
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