6 de julho de 2010

Mulata



Vem descendo a ladeira

A mulata de largas ancas

Boca carnuda e lata de água na cabeça

Equilibra a lata no desequilíbrio que e a sua vida

Em casa apanha em troca do almoço

Se deixa possuir em troca de onde dormir

A noite sua angústia transparece através da retina

Sustenta os três filhos deitando em camas que não são suas.

O seu lazer e incompreensível

Viu o marido morrer assassinado na cama da terezinha,

Pelo marido da mesma, q atualmente esta foragido.

Desde então as crianças vão pra escola atrás da merenda, e pro sinal atrás do pão

O número de camas a deitar aumentou

A necessidade por dinheiro nasceu para as crianças

Ela deita, rola, ganha

E o mais novo pede, rouba, apanha

Sem perspectiva a vida segue

De segunda a sexta ela gosta mesmo é de sofrer.

Cerveja no domingo, a alma é quem pede.

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